sábado, 19 de março de 2011

O diretor

A trajetória de uma comédia ainda é um terreno espinhoso. Parece que rir, antes de ser o melhor remédio, ainda é uma dose que desce apertado pela garganta de quem a produz.

É preciso muita energia para produzir felicidade – mesmo que momentânea – e assim, extrair de cada ator ou atriz o local de onde isso se produz exatamente naquela hora e naquele espaço – cada vez mais complicado de se firmar – durante todo o processo de criação.

E é tão mágico quando essas forças se encontram! Aquela comunhão de sorrisos, risos, gargalhadas que noz faz pensar que estamos no caminho certo e que as feridas se cicatrizam tão fácil. Basta um bom riso.

Mas até lá, tem muita coisa a se conquistar.

Com Nova Canaã, cada filme, cada livro, cada bate papo sobre improvisações, cenas prontas, novas marcações, novos corpos surgindo, vozes aparecendo e personagens nascendo, nos fazia avançar mas também pensar.

E essa racionalidade nos foi fundamental para entender como pode ser prazeroso o momento do encontro da criação com objetivo e o objetivo propriamente dito, ou seja, o riso.

Mas é chegada a hora de se divertir! Se divertir num lugar onde pessoas comuns são colocadas numa oportunidade única de serem melhores. Se divertir com pessoas enviadas do céu que atrapalham tudo quando chegam aqui na Terra. A troca de papéis numa bagunça de dar dó.

Só poderia acontecer com eles mesmo.





 A técnica necessária para se chegar a um efeito cômico sempre funciona?

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